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MACHADO, JA

A minha escrita, a minha fotografia, o meu mundo

MACHADO, JA

A minha escrita, a minha fotografia, o meu mundo

"Tutelar"

João-Afonso Machado, 15.08.12

A mão forte da razão

segurou as palavras,

emudeceu o coração.

 

Deixou-lhe as estrelas

e o musical silêncio

da noite a vê-las.

 

E num gesto rasgado de amanhãs,

traço de picos e distâncias de agora,

o despiu de esperanças vãs.

 

Talvez um dia… talvez uma hora…

 

 

 

O "apagão" do Pontal

João-Afonso Machado, 15.08.12

O "buzinão" do Pontal foi simpático e foi, sobretudo, um "apagão". Por motivos obvios.

Todos nós, portugueses, temos razões para andar descontentes. E não há melhor remédio para o descontentamento do que o protesto. Chore-se, berre-se, gesticule-se, pintem-se cartazes, saia-se à rua... desabafe-se e lave-se o espírito.

O que tudo não significa direccionar tais atitudes contra um qualquer bode expiatório, uma vítima seleccionada entre o amplo leque de governantes (pretéritos e actuais) que conduziram o País ao pouco aprazível caos em que nos encontramos. Por isso o "buzinão" do Pontal foi o "apagão" das usuais façanhas maniqueístas da sempre infiltrada CGTP.

Como bem ficou demonstrado nas imagens televisivas: o representante dos utentes da Via do Infante entregando a um acessor de Passos Coelho a exposição escrita dos seus agravos. Algo como, tão-só, um diálogo calmo entre os dois personagens, rematado com um aperto de mão.