"Margem do nunca mais"
Há nesta margem
o sentido do nunca mais
e dos impenetráveis caminhos,
obscura viagem onde se chega jamais.
São os fundos, remoinhos,
outros mundos, falsos remansos
da alma ferida a cada investida,
rocha polida, sem arestas,
tantos os recuos e avanços.
Tapumes, sonhadas frestas
afinal miragem,
outra e outra, sempre iguais,
nesta margem do nunca mais.