Férias de um rico
Foram umas dezenas de quilómetros sem sair do concelho, uma tarde de passeio e conversa, mais uns tantos retratos. E a constatação de que, aqui há volta, há algo por descobrir, quem somos nós para rumarmos a terra dos outros sem conhecer a nossa?
A varanda da antiga azenha transformada em restaurante sobre o rio foi isso mesmo: a clara percepção de um Agosto calmo, tranquilo, muito longe das multidões. Carregado de sons da Natureza, da frescura do movimento das águas, de luar e das estrelas já não visiveis onde impere a iluminação artificial.
Sem muito acompanhamento de gentes. Apenas o estritamente necessário... ao coração e à razão. Com tempo para ter tempo de pensar que fazer no resto do tempo.
Em suma, parece decisão assente: este ano a praia é no campo. Na minha terra. A olhar para ela por dentro, julgo que onde melhor possa encontrar-me comigo mesmo.