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MACHADO, JA

A minha escrita, a minha fotografia, o meu mundo

MACHADO, JA

A minha escrita, a minha fotografia, o meu mundo

Segurem-me senão eu mato-os

João-Afonso Machado, 11.05.12

A imagem de António José Seguro - conforme a sua ameaça - conduzindo manifestações de rua contra o Governo faz sorrir. Ninguém acredita. O actual dirigente do PS não é homem para isso, seja por índole, seja porque não é tolo. Onde um António José Seguro de mangas arregaçadas, descamisado, Avenida da Liberdade abaixo, de megafone na mão? Onde um gesto mais brusco do que o seu eterno arquear de sobrancelhas?

Seguro não despe o fato como não larga o seu discurso redondo, carregado de palavras, excessivamente carregado de palavras, as quais, bem espremidas, significam apenas que os designios ou a lógica eleitoral o colocaram na Oposição. E, como tal... noblesse oblige.

Por isso a vacuidade das suas ameaças - se o Governo extinguir o SNS... - e o pouco limpo pano molhado com que pretenderá apagar todas as falhas e carências do sistema, principiando pela ausência de meios de custeio dos serviços supostamente da competência do Estado.

Assim vai Portugal. Será preciso esperar por uma hipotética vitória extremista (de Esquerda ou de Direita) na Grécia para - então, por efeito do arrasto, já extemporâneamente - chegarmos à conclusão de que a Política não é um jogo de xadrez partidário, mas o desempenho de um mandato conferido pelos cidadãos?

(Ou melhor: pelos contribuintes. Por todos quantos, com o seu dinheiro, sob o epíteto de impostos, pagam a factura das mordomias estatais.)