Tengarrinha, sobre a liberdade de imprensa
José Manuel Tengarrinha, o inesquecivel lider do inesquecível MDP-CDE, o satélite do PCP ou o poiso dos comunistas com "pés de galinha", como então se dizia, há já muitos anos trocou a Política pela Universidade. E agora, jubilado, quase octogenário, pela escrita dentro da sua especialidade: a História. Deu hoje uma curiosa entrevista ao Público, onde, a dado passo, afirma:
«Desde o liberalismo, a imprensa foi um dos pilares da construção da sociedade democrática». E:
«Ponho em dúvida que a imprensa seja hoje um quarto poder, não lhe podemos atribuir a liberdade que é indispensável para a formação da opinião pública».
Tengarrinha não questionará, decerto, que durante o quase meio século da II República muito mais assim foi. Nem os desmandos do Partido Democrático afonsista relativamente aos jornais conotados com os seus adversários, fossem eles evolucionistas, unionistas, monárquicos, católicos...
Por exclusão de partes, assim somos chegados ao período áureo da liberdade de expressão e escrita. França Borges, o director de O Mundo, onde quer que esteja (ele que jurava não estar em lado algum depois da morte) poderia confirmá-lo. Se a História actualmente ensinada de forma imparcial o consentisse.