Domigo de manhã
João-Afonso Machado, 26.02.12
Uma cidade de silêncios, não fora o piar da gaivota anunciando a proximidade de terra. Ou talvez as rotinas dos mais madrugadores. Há bicicletas e pedais com força para cavar o dique e suster as ondas. Outras pequenas verdades velejam nos parques. Pequenas? Antes, talvez, simples e honestas, frias como punhais. Destituidas de discursos, desurbanizadas, a mandar calar os arautos.
Ao domingo, manhãzinha cedo, já todas as máscaras cairam. Até a cidade se pentear outra vez, será o mais cru momento da novela.
