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MACHADO, JA

A minha escrita, a minha fotografia, o meu mundo

MACHADO, JA

A minha escrita, a minha fotografia, o meu mundo

A noite na Baixa portuense

João-Afonso Machado, 28.01.12

Partirmos, depois do jantar no restaurante, para a Baixa portuense não foi só uma proposta. Seria o cúmulo da deselegância dizer não, o tom de voz tinha o seu quê de decisão já tomada e daí a inutilidade dos argumentos. Mas - qual o problema, afinal? Nestes apertos nada como confessar logo o total desconhecimento da matéria. Era a primeira vez, nunca fora à Baixa nocturna, salvo em tempos imemoriais e ambientes que não vêm ao caso. Então foi como se me desse a mão e me conduzisse, a mim, menino obediente.

O bar não estava a abarrotar, o acesso ao balcão era simples, o pessoal civilizado. A música nada de desesperante. E. manifestamente, o ancião-mor não era eu. O que muito me admirou e confortou, confesso.

De modo que estava entre cotas, com conhecidos e conhecidas a chegarem permanentemente. Simpático!

Dando para pensar num retorno. Vamos lá ver. Também é preciso arejar entre nuvens de fumo de tabaco, de vez em quando.

 

Duelo em Forte Apache

João-Afonso Machado, 28.01.12

De passagem por Forte Apache apercebi-me de algum burburinho entre-muros. De olho numa frincha, logo topei mais um pronunciamento republicano.  Ricardo Vicente acusava os monárquicos da falta de racionalidade dos seus argumentos, do rídiculo do seu ideário assente numa pretensa superioridade imposta pelo nascimento, da sua propensão para a desigualdade de tratamento... E proclamava às tropas gaffes protocolares tremendas, em que abundavam Senhoras Donas Marquesas e Meninas Viscondessas. A fazer lembrar as anedotas (que Ricardo Vicente decerto desconhece) sobre as fífias do mesmo calibre de Madame Fragoso Carmona, ou mesmo a bucólica Morgadinha de Júlio Diniz.

Do lado monárquico, João Gomes de Almeida segurou muito bem os seus pontos de vista e com duas descargas - uma visando o crime de que nasceu esta República, outra a lista dos mais ricos países, esmagadoramente de chefias de Estado dinástica - rapidamente pôs cobro a estoutra manobra de caserna.

Pelo que, a bem dizer, não houve novidade. Já nos vamos habituando. E, sempre fieis ao princípio da soberania popular, resta-nos esperar que a Povo - a esmagadora maioria do Povo, não a aritmética do 50%+1 - opte pelo Trono como símbolo e representação da Nação, em vez de um Presidente reeleito sistemáticamente - ou vitalíciamente, se a Constituição o permitisse.

João Gomes de Almeida - pela minha parte, além de felicitar a sua intervenção, venho daqui lembrar-lhe onde estão os que se batem também por convicções como as suas.