Manhãs de galinholas
Não são excessivamente madrugadoras. Nem muito tardias no regresso a casa. Faladoras quanto baste, por vezes empenhadas na travessia dos silvados ou de amontoados de lenha. Quando decidem interromper a conversata. Gozam os progressos das cadelas e tomam-se de excitação quando alguma dá sinal: será o quê? Galinhola?
Sonhada silhueta, sempre mais apenas isso - sonhada silhueta. Os tempos já não são de fetos e folhas acamadas, como a vida antigamente decorria debaixo dos arvoredos. Essa praga das silvas, do mato, das ramagens no solo... Vai-se acabando a arte para os artistas.
São assim as manhãs às galinholas. Sob um frio que as pernas e o andar ajudam a esquecer. Com o anedotário próprio das marchas lentas porque os dias resultam nisso mesmo: em colecções de episódios onde raramente o caricato não está presente. São assim essas manhãs. Estimulantes de um bom almoço, frondosas, sem ambições de façanhas, bem respiradas. As cadelas é um gosto vê-las em acção. E uma vez chegará que...