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MACHADO, JA

A minha escrita, a minha fotografia, o meu mundo

MACHADO, JA

A minha escrita, a minha fotografia, o meu mundo

Ainda sobre a Maçonaria

João-Afonso Machado, 08.01.12

Se os portugueses andassem um pouco mais atentos, a recente celeuma levantada com a questão "Maçonaria/Secretas" seria a mais feliz oportunidade para, eles próprios, perceberem o que é hoje Portugal. Tudo é demasiado simples.

Porque descontando alguns, raros, casos de ingenuidade e boa-vontade - consta até que monarcas nossos foram maçons.. - é notório que a Maçonaria sempre se constituiu como o instrumento de luta dos grandes interesses económicos contra a Nação. Agora como há cem ou 150 anos. E, sem dúvida, muitos políticos que serviram a Monarquia foram maçons - todos eles transitando depois para o serviço da República. Onde a Maçonaria sempre imperou, com resultados actualmente bem visiveis e escândalos sucessivos, sempre afectando o erário público.

De resto, não se pode esperar o contrário de uma organização secreta. Porquê o secretismo? Porquê essa fuga para o ocultável na sombra?

Ouvi ontem na televisão António Arnaut referir a "utopia maçónica", para ele uma meta: a "fraternidade". Impossivel estar mais de acordo com este ex-Grão-Mestre do GOL. A "fraternidade" é uma "utopia" sobretudo entre maçons que se dividem e subdidivem em fidelidades, ritos e lojas, enquanto - por entre as decorrentes rivalidades - a negociata continua a prosperar.

Construida por maçons, indissociável da Maçonaria, a República Portuguesa bem podia legislar... incluindo o Direito Empresarial no campo mais vasto do Direito Público. Era mais honesto! Porque as suas normas são do máximo relevo na orgânica e funcionamento do Estado.

Assim tudo se manterá, enquanto os portugueses quiserem. Ou melhor: enquanto não deixarem de querer, a situação nacional tenderá a piorar. Na exacta medida em que os conluios económicos, transversais a todos os partidos, galopam de sucesso em sucesso e atraiem cada vez mais gente às irmandades maçónicas.

Mas é de crer que para a semana o tema escaldante seja já outro. E nos bastidores da AR o sossego volte a instalar-se entre os "aventaleiros".

 

 

Escuteiros

João-Afonso Machado, 08.01.12

Ontem à noite. Um convite já de longa data para meia-dúzia de palavras sobre a antiguidade, a história e as lendas da minha freguesia, nos 40 anos do Agrupamento de Escuteiros local.

Lá estive, lá contei o que era do meu conhecimento. E lá reparei como, à margem de todas as crises, a gente da terra continua as suas convicções e os seus afazeres, a sua vida, enfim. Salutarmente reparei nesses laços e nesses compromissos, vi-me envolvido nessa roda de vizinhos (alguns dos quais reencontrei depois de muito tempo), no orgulho colectivo por um trabalho simples mas sistemático.

Disseram-me bem vindo. Que a minha Familia é sempre estimada. E que voltasse.

Talvez seja um pouco dificil imaginar a realidade para além das palavras. A existência ao lado das retóricas. No entanto, aqui a obra nasce. Mesmo (ou sobretudo) na ausência do legislador.