Bailinho
Confesso que o bailarico já me cansa em demasia. E estou em crer que entraram em pista, ainda por cima, outros vocacionados para o tango. Depois de me atacarem com passes de matador o blog, a caixa do meu correio electrónico e mesmo as mensagens no Facebook. Desta feita, volta bem rodopiada, não pouparam o meu acesso à Internet. Como? Em conversata via chat no site do operador, utilizando para o efeito o meu próprio nome (se bem que com um apelido materno) e os meus números de identificação e de contribuinte!!!
De modo que no passado dia 22, quando quis aceder à Internet, logo de manhã, uma "mensagem" no computador mandava-me proceder à recarga do "cartão" no Multibanco.
Estabelecidos os necessários contactos, assim mesmo me informaram: tinha sido eu a dar a aludida ordem - alterar o tarifário de factura mensal para pagamento por «recargas»!!!
Pedi então me remetessem por mail essa bendita conversa no chat, a qual chegou agora e li atentamente.
Porque talvez conseguisse alguma pista... O jeito da escrita, os termos usados, são, muitas vezes, extremamente esclarecedores. Lá estava o "João" (embora me assine sempre João Afonso) e uma pluralidade de «okays» que não fazem parte do meu vocabulário.
O abusador - ou melhor: a abusadora - ainda revelou alguns cuidados, numa obvia perspectiva do Direito fred-flinstoniano. Assim como quem, correndo mal a coisa, deixa argumentos para sustentar que não quis passar por...
Tudo muito tosco. E o rasto está lá: a linguagem rápida e incisiva, estilo reserva de lugar no avião. Ok! É isso mesmo. Ok!
É de uma pessoa doente. Se o chat ouvisse perceberia uma voz feminina; se visse, tiraria os óculos para ler mais perto...
Este tango - algo me diz - vai acabar num espalhanço. Depois será o pranto e o ranger de dentes, muito mais consentâneos com o nosso fado (melado), património imaterial, conquanto a reclamar, em sede própria, algumas compensações do género contabilizável...