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MACHADO, JA

A minha escrita, a minha fotografia, o meu mundo

MACHADO, JA

A minha escrita, a minha fotografia, o meu mundo

Engalhados

João-Afonso Machado, 18.12.11

Há um ror de tempo estão nisto e ninguém os demove. Seguro, cinzentíssimo, implicativo, mancha comprometedoramente a alvura de Passos Coelho, enfaixados os dois, nem prá frente, nem pra trás. Estáticos. E tudo vale para a prova de forças: a normativização do deficit público na Constituição; a austeridade, como meio de equilibrar as contas do Estado; os critérios de fixação das prestações à Segurança Social; a definição dos limites estipulados no memorando da troka; e até espinhaços não assim tão grandes como, por exemplo, a sugestão de uma hipotética debandada dos professores lusos para Angola ou Brasil.

Tudo é pretexto menos uma congregação de esforços para tocar o País para diante...

Bom, não será tanto assim: é chegarem os nossos pastores, ou mesmo os seus cães de guarda, e o imbróglio desfaz-se rapidamente. Lado a lado, Seguro e Passos Coelho marcharão corridinho rumo a um desenrascanço qualquer.

Portanto, podiam começar já.

 

No Centro Histórico de Guimarães

João-Afonso Machado, 18.12.11

Tarde de muito frio e palavras escorreitas. Fomos passear. Guimarães, em maré de festejos, merecia a visita, um mergulho prolongado na sua antiguidade e na sua sabedoria.

Eu era o cicerone. (Não percebi porquê, patricia!!! Mas enfim...). E as ruelas do velho burgo lá principiaram desenhando-se frente a nós, curvilíneas, sim, mas nunca gelatinosas. Os lugares históricos aguçam a memória das nossas histórias. Despertam ideias através de percursos tão diferentes desses outros onde cabem autocarros mas não há lugar para cem gramas de verdade. Nem para verborreias meladas, nas costas dos insultos ditos à socapa.

(- Estou tentada a vir para aqui viver!...

- Pois olha: se tiver de deixar a nossa terra, os Arcos serão, para mim, a etapa seguinte...,

entusiasmos e coração ou raizes à parte).

Mas, num lado ou noutro, a ombridade sã de que, por vezes, nos desabituamos. Um alívio. O ponto mais distante da mentira e da ambição. Onde qualquer encenação é sempre reconhecida como tal e o sentido do ridículo ainda impõe alguma contenção. É natural, por isso, que haja quem não se dê bem por estas bandas...