Desmistificando
De comiseração as parangonas dos jornais mais recentes: a "Inglaterra" no escalão secundo-divisionário da União Europeia, à conta do voto único contra a revisão do Tratado. Mais diziam: Cameron (e os seus Conservadores) estavam, sem apelo nem agravo, condenados.
Justamente ao contrário da Imprensa britânica, que aplaudiu unânime a tomada de posição do seu Governo.
Sejamos claros: a UE não existe para além de uma congregação de egoísmos. O dos ricos e o dos pobres; o dos necessitados contra o dos independentes.
Atente-se, a propósito, nos casos da Alemanha e de França, a sua porta-voz; e no de Portugal (o que mais nos diz) - por um lado. Por outro, no do Reino Unido, obviamente interessado na cooperação económica, mas de todo indisponível para abdicar da sua autonomia.
A circunstância é que o imperialismo britânico jamais foi expansionista. Quase só, limitou-se a desbravar; e, inteligentemente, a manter laços da melhor influência nesses territórios "conquistados" e depois libertos.
É o que a História nos ensina. Na hora da verdade, sempre a Grã-Bretanha surgiu ao lado dos que batalhavam contra a sofreguidão totalitária. Para mal dos nossos pecados, Portugal já não está em posição de reconhecer a verdade.
E muito menos de se colocar do seu lado...