A geração do "quotidiano"
A ideia era a mesma, multiplicada por uns tantos casos idênticos, ilustrativos. A cidade, o drama diário de quem vem de fora, os empregos sempre precários, mal remunerados. Ou os estudos, um futuro ainda mais indefinido. E um punhado de jovens às escuras ou, quando muito, alumiando a vida com uma vela, a ameaça permanente de um sopro de ar, o breu, a inevitável cabeçada na porta fechada…
Os entrevistados da reportagem já se bastavam com a sobrevivência. Com o dia-a-dia, essa luta constante e absorvente por um acumular de hojes que jamais formarão um amanhã.
Deve ser muito complicado. Pouco confortável. Nada estimulante. Porque é bom estarmos sobretudo quando sabemos para onde vamos. E queremos ir.
(Se estas palavras incidissem particularmente sobre a temática política, era à busca de um qualquer Ideal que se refeririam. Não aos oportunismos, ao já cansativo “no jobs for the boys”).