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MACHADO, JA

A minha escrita, a minha fotografia, o meu mundo

MACHADO, JA

A minha escrita, a minha fotografia, o meu mundo

Raças nobres

João-Afonso Machado, 21.09.11

Aconteceu, eu estava lá e vi. Ou melhor: ouvi. Nem mais do que a longa dissertação de um distinto cavalheiro acerca da superioridade da etnia branca. Isto no decurso de uma bacalhauzada memorável em que não percebo onde o perorante descobriu o exemplo utilizado para ilustrar a sua tese.

- Olhe lá você as galinhas! Então não é que as maiores, as mais numerosas e mais vendidas, não são todas brancas?

Estarreci. Em vez do cavalo do Napoleão, celebérrimo e albino, o arguente, ainda por cima, lançava-me ao prato não outra posta do fiel amigo, mas essa espinha mais: as galinhas de aviário! Enquanto a nobre raça portuguesa (dolicocéfala) se esforça, em feiras, em concursos, em restaurantes, por recuperar os tradicicionais galinácios lusitanos.

Essa a actual aposta da Madre. Criar, apurar as pedrezes, as peladas, futuramente as pretas. Todas de saudosa memória.

 Naturalmente não por puro espírito coleccionista... Há interessados, é um negócio como outro qualquer. Mais ovos e melhor carne, em suma. Os tempos vão dificeis para toda a gente e todas as iniciativas valem. Afinal, a Madre tem mais quinhentos anos do que esta desvastadora República e, desejávelmente, há-de viver mais do que a "tais" outros tantos. Até quando for declarada extinta a raça branca das galinhas de aviário.

 

 

Personalidades

João-Afonso Machado, 21.09.11

Já passeamos juntos. Longas caminhadas lado a lado em que lhes vou apanhando o jeito. Ele é mais confiante, ela muito tímida. Tudo visto, deu em brincadeira e alguma distância, por parte do Pêro; e meiguice total da Tareja, assim que descobriu para que servem as orelhas - para levarem festas e serem coçadas.