Uma dívida não tão escandalosa
O lado oculto da dívida madeirense é, de facto, o mais feio da história toda. É mesmo muito dinheiro, um rombo daqueles, e o nosso pobre Portugalito no estado em que sabemos... Uma surpresa (pelo menos para o cidadão comum, creio) a dificultar sobremaneira os esforços necessários para evitar a septicémia, que é como quem diz, o colapso financeiro nacional.
E, no entanto, Alberto João - descobrimos, enfim, o Embuçado - não consta haja empochado exorbitâncias. O escandalo, verdade verdadinha, não há meio de surgir. Na Madeira existe défice democrático, existe, no plano dos dinheiros, um passivo monumental, existe isso tudo menos os Freeports e as Luvas Brancas de cá.
Ao invés, parece que se multiplicaram as redes viárias e os hospitais excelentemente dotados de tecnologia de ponta. Daí, segundo a Imprensa, a famigerada e problemática dívida. Valha-nos isso. Provávelmente a ela devem muitos madeirenses, cont'nentais ou turistas a sua própria vida. Quando, acometidos de doença complicada, chegaram a tempo e horas a estabelecimento de saúde à altura dos seus pergaminhos e propósitos.