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A notícia é dos jornais. A Câmara Municipal de V. N. de Gaia planeia a construção de outras duas pontes estabelecendo a ligação com o Porto. Uma, mais a montante, de Oliveira do Douro para o Freixo; a segunda, em plena zona ribeirinha, a permitir o acesso do Cais do Cavaco para Massarelos - entalada entre a de D. Luis e a da Arrábida...
Do lado de cá, a edilidade não se mostra entusiasmada com o projecto. Cinco e dois são sete e o Porto não é Paris nem Roma nem Londres. Vivemos a apertar o cinto. Na AR, o PSD vem afincadamente criticando a megalomania do TGV e do novo aeroporto lisboeta.
(Cinco - esclareço - é o somatório das actuais pontes rodo-ferroviárias a atravessar o Douro na sua recta final).
Mas a Câmara de Gaia não se atrapalha e tem porta-vozes. A Imprensa explica tudo: daqui a dois anos e meio, sendo então (presumem eles) edil-mor do Porto Luis Filipe Meneses, o sonho tornar-se-á realidade. Um simples compasso de espera, portanto.
Traduzindo: Rui Rio, Presidente da Câmara do Porto, confrontado com a ideia, mandou tivessem juizo - olhassem para o que sobra do País. As conversações acabaram aí, obviamente. Ou melhor: ficaram em banho-maria. Até que surja a dita sucessão na administração deste município. Segundo os optimistas autarcas de Gaia, lá para 2014.
Enfim: descaradamente - em termos politicos - um negócio com o próprio. Meneses delineia-o na margem sul e outorgará mais tarde, em representação da margem norte.
Só acrescentaria - talvez quando Rio participar no Governo desta miserável República, assim continuando a tolher dispensáveis dispêndios. Porque o que é - é, seja para o PS, seja para o PSD.