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MACHADO, JA

A minha escrita, a minha fotografia, o meu mundo

MACHADO, JA

A minha escrita, a minha fotografia, o meu mundo

Com a chegada do Verão...

João-Afonso Machado, 10.07.11

Já o disse e já o escrevi, muitas vezes. Somos todos elos de uma cadeia. Ligados a outros, mais antigos, criando a ligação aos seguintes que, por sua vez, se encarregarão de prolongar o que será, creio bem, o verdadeiro sentido da vida. Pais e avós, irmãos e tios, sempre mais primos. E formas simples de lhes insuflar o gosto pelo que é deles, pelo que é nosso, pelo que somos nós. Numa tarde de domingo solarenga, cheia de cor e brincadeira. Vivendo as raizes e a terra minhota da nossa alma.

 

O seu mundo? Olhe-o aí!!!

João-Afonso Machado, 10.07.11

É verdade. Ainda nas primeiras semanas da Criação. Mas construido, acredito, com alguma sageza. E muita beleza. E futuro. E um rumo. O mundo de um homem realizado que não se lembra de alguma vez ter tido uma vida fácil. Mas não teme qualquer Dilúvio.

 

O socialismo de novo fora da gaveta?

João-Afonso Machado, 10.07.11

Mário Soares, em grande forma, povoou a semana de alfinetadas no nova Maioria e no Governo de Direita. A saber: Passos Coelho, aliás um seu amigo, neo-liberal, bem-intencionado, mas neo-liberal. Donde, na sua antevisão, a impossibilidade de um Executivo para a Legislatura completa.

Também Cavaco Silva não escapou ao rigor e à imparcialidade da sua crítica: a conduta do PR tem pecado por omissão, exigia-se-lhe um papel mais interventivo.

Com o PS em campanha eleitoral interna, as despesas ooposicionistas correm conta do velho Patriarca. Presentemente um incréu no futuro da UE, retornado - dir-se-ia - ao socialismo jugoslavo, às velhas musicatas de então: " o que faz falta é animar a malta, o que faz falta...".

 

Desculpe: é por aqui para o meu mundo?

João-Afonso Machado, 10.07.11

Perdi-me. Nesta minha já provecta idade, aventurei-me fora do meu mundo e perdi-me. Debalde tenho procurado o caminho de regresso, sistemáticamente confundido com as mais enganosas vias, a rondar por vezes o letal beco sem saída.

Ainda ontem (anteontem?) à noite assim foi. Munido de alguns papeis que me pareciam fiáveis, com exposições afirmativas, garantias de albergue seguro, arrisquei mais uns telefonemas, umas mensagens: "estou aqui; espero por ti". E... nada!

Nada mesmo. Nem uma resposta. Serenamente fui coleccionando "nadas". Elucidadamente fui percebendo que esses "nadas" são potenciais morteiros no usual campeonato do "quem despacha quem". Mas isso não conta.

(Só se isso contar na poesia dos ditos encaramelados e refastelados na poltrona. Na poesia dos poetas, o que há é levantar a cabeça e correr e morrer pelo que se quer. Sem subterfúgios e com toda a força, com toda a brutalidade semântica das palavras, a gritarem bem alto a verdade. Mais ainda: a realidade - ainda que envolta no "manto diáfano da fantasia"...).

De modo que essa tal palavra - o "amor" - levou tratos de polé em toda esta futebolada. Pior: rasteirada, lesionada, saiu antes do intervalo, sob um coro de assobios. Cá para mim, devido às promessas da equipa técnica, afiançando este seria o jogo da sua vida. Enfim, conjecturas, nada mais do que conjecturas. Porque foi levado pelo desconsolo que dei comigo, novamente, às reencontradas portas do meu mundo. Para lá das quais reside a liberdade e ninguém depende de alguém. Onde a retórica vã não cria raízes e a determinação da vontade emparelha com a clareza dos gestos.

(Vinhas atrás, mas não quiseste, ou não soubeste, entrar. Se mudares a opinão, entretanto, nem toques a campaínha: a chave está debaixo do tapete. E um beijo enorme acolhe-te logo a seguir.)