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MACHADO, JA

A minha escrita, a minha fotografia, o meu mundo

MACHADO, JA

A minha escrita, a minha fotografia, o meu mundo

Gente realmente importante

João-Afonso Machado, 21.05.11

Tem plena consciência de que viverá apenas mais uns dias. Não irá além da próxima semana. Conta-o resignadamente o Sr. Manuel Matos, de mãos firmes e capazes de prosseguir o barbear do freguês. E este queixa-se, protesta, foi uma vida toda, um hábito enraizado. E agora...

Agora a Barbearia Matos já recebeu a ordem judicial de despejo. No termo de uma acção renhidamente contestada e discutida, recorrida e, a final, infelizmente decidida. Depois do IPPAR reconhecer e declarar o "interesse municipal" do estabelecimento, antes de cessar o confrangedor mutismo da Câmara.

Desconhece-se o destino deste mobiliário ainda oitocentista. A Rua D. Diogo de Sousa seguramente ficará mais pobre. Esvaziada da decana das barbearias de Braga, sucumbida à opacidade de uma Justiça que se cinge à letra da lei. E, se calhar, à circunstância de não haver como agilizar os procedimentos camarários...

Braga gostou da ideia

João-Afonso Machado, 21.05.11

Em Braga, esta manhã, no Arco da Porta Nova. A bandeira monárquica é hasteada no topo do monumento. As pessoas vão chegando, os transeuntes param, puxam do telemóvel e fotografam. Um dirigente local do PPM dá uma entrevista a um canal televisivo. São atenciosíssimos, os dois agentes da PSP presentes. E porque não haviam de ser?, nota alguém, de olhos postos nas cores da sua viatura. O tempo vai troteando, amenamente, animadamente, num sorriso que abarca toda a vizinhança.

Depois foi o passeio pela pedonal Rua D. Diogo de Sousa, ainda com vestígios dos festejos pela proeza futebolistica dos bracarenses. Os comerciantes vêm à porta, incentivam, por alma de quem não há a bandeira de estar ali? Antes estes do que os que lá estão, a roubar-nos...

- Perdão, minha senhora: nós é que não estamos aqui à cata de votos...

E foi assim até à Lusitana, no centro, para um café e mais um bocado de conversa. Enquanto Braga prosseguia o seu matinal sábado. Sem medo nem histerias. Sempre com palavras de simpatia pela Bandeira Nacional.