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Pode o FMI, pode a UE garantir que a ajuda externa devia ter sido pedida há mais tempo. Pode o Banco de Portugal dizer o mesmo. Ou toda a sorte de economistas, analistas, gente de bom-senso... O homem não cala a lengalenga:
- O acordo com a Troika mais não é do que o PEC IV, o PSD é culpado da crise política que despoletou...
Falem-lhe das taxas de juro subindo em flecha, falem-lhe do Estado sem dinheiro no fim de Maio, falem-lhe de Teixeira dos Santos, solto de voz, enfim.
- O acordo com a Troika mais não é do que o PEC IV, o PSD é culpado da crise política que despoletou...
Engoliu a cassete. Como já ninguém engolia desde a queda do Muro de Berlim.
E, no entanto, a verdade está bem à vista e António Barreto, em excelente entrevista ao i, refere-a sem meias-tintas: "o primeiro-ministro há muito que decidiu que tinha de aceitar a ajuda externa, mas queria fazer tudo o que era preciso para responsabilizar o exterior por toda a sua actuação. O engenheiro Sócrates sabia perfeitamente, há muito tempo, que queria fazer eleições e que queria culpar a direita e os especuladores por todos os males e por todos os seus erros". Assim levando o País à bancarrota para "defender interesses pessoais e partidários".
Tudo isto num quadro em que o debate foi "substituido pela política espectáculo e pelo quero, posso e mando do primeiro-ministro". O qual "precisa de ser muito, muito castigado e a melhor maneira de o castigar é através da via eleitoral".
Pois seja, então, a urna eleitoral a urna política do Zé. Seja esse o cacete punidor da sua governação. Ou então uma boa bengala de Baião. Sirvam-se à vontade - chegam para para todos. E cheguem todos no Zé Cassete.