Gente realmente importante
Não fui capaz de lhe perguntar o nome, com medo do silêncio invadindo a Rua Augusta. Parei, ouvi, e quis trazer comigo esse fado lindíssimo. No coração e na máquina fotográfica.
Estrofes carregadas de tristeza. Fado verdadeiro, resignado. Mas firme, o fado de vidas para nós desconhecidas, onde os nossos sentidos não conseguem penetrar as cores que as animam.
Possivelmente, não foi sempre assim. Donde, maior a coragem na aceitação...
Dizem-me que a Rua Augusta lhe agradece a voz e os poemas, há muitos anos a esta parte. Diáriamente.
Acredito. Nem o contrário se compreenderia. As minhas palavras são de admiração, um cumprimento que a fadista saberá sincero e entusiasmado. Quando, na próxima vez, nos conhecermos e conversarmos um pouco.