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MACHADO, JA

A minha escrita, a minha fotografia, o meu mundo

MACHADO, JA

A minha escrita, a minha fotografia, o meu mundo

Fidelidade, sempre!

João-Afonso Machado, 28.12.10

 

Nada interessa, quando desta vida alguém parte, referir as suas opções políticas. Vale, sim, a sua conduta, as suas atitudes. Acima de tudo, a sua fidelidade e a sua coerência.

O Maestro Manuel Ivo Cruz foi ontem a sepultar, conforme a Imprensa amplamente noticiou. E na biografia, necessáriamente traçada ad hoc, deste Homem da Música e do Pensamento, vá lá saber-se porquê, escapou sempre a sua inalterável convicção monárquica, jamais escondida.

Encontrei-o a última vez em Guimarães, no passado 5 de Outubro, entre os milhares de portugueses presentes, dizendo sim a Portugal e não à República.

Facto sonegado, todos notarão...

Mas as imagens não perdoam. Quer nas cerimónias fúnebres, quer a caminho do cemitério da Lapa, onde foi dada sepultura aos seu restos mortais, a bandeira nacional acompanhou-o sempre.

Manuel Ivo Cruz partiu para a Eternidade no ano maldito do centenário, prenúncio de um Portugal - do seu Portugal - no limiar de algo que, se não for melhor, será péssimo.

A minha homenagem, Maestro! Viva Portugal!

 

Presidenciais - os debates (VIII)

João-Afonso Machado, 28.12.10

Interessantíssimo este monólogo de Fernando Moura, Nobre Defensor (da Pátria, evidentemente). Médico de carreira, político ocasional. Sem ataques nem intrigas, lançando cortesias aos colegas de profissão, entre complexas medições de graus de cidadania e intervenção social. É candidato à Presidência da nossa estimada República.

Nessa qualidade, manifesta o seu desagrado ante a aprovação do mais polémico OE de sempre. Antevê-se disputando a 2ª volta eleitoral com o mega-favorito Cavaco Silva, uma vez cativado - como não duvida - o eleitorado do centro-esquerda. Nem o contrário poderia resultar de uma vida inteira dedicada a mitigar as dores dos pobres, dos idosos e de toda a infelicidade e pequenez que grassam pelo mundo e pela sua autarquia.

A humildade impede-o, no entanto, de se pronunciar sobre todas as obras de caridade, acerca das quais acaba de se pronunciar. Enumerando-as e identificando-as, uma a uma. A intromissão do FMI na sua República doméstica seria uma fatalidade, mas nada de imputável ao Presidente, ou seja, a si mesmo. De quem, acrescenta, só poderemos esperar uma nobre política. E um pacto contra a resignação.

É mandatária desta candidatura a famosa voz italiana Mina Mazini - parole, parole, parole.