Falando realmente
O que é isto tudo? Esta sequência de dizeres, ramada de comentários pendurados em cada capítulo - vulgo, post - senão traumas antigos, pelo menos florescências à tona.
É muito, tanto quanto uma realidade complexa. É um somatório. De desabafos, de opiniões interessadas, de dichotes, de troças. De bem ou mal intencionados. De construtores ou de destruidores. De piratas, porventura, com nomes de ocasião. Dialogantes ou farsantes. Gente com pseudónimo. Anónimos, tantas vezes, os mais fácimente detectáveis na cobardia do seu discurso, perfeitamente identificado, perverso.
Quem há que não o saiba já? E há-de ser assim ?
Talvez sim - porque em cada canto de todos os cantos da comunicação nova, a coberto do anonimato (o pseudónimo honesto, ainda marca a diferença), existe um ser inconformado consigo próprio, uma mulher enorme e feia, um homem menos homem, personalidades escondidas, vestidas com a roupagem do que não são, mas gostariam de ser. Ou são, temendo ser o que os outros recusem sejam.
Gorda que és, magreza que querias ser: o mundo não está de olhos em ti. Aceita-te mais do que tu mesmo, a ti própria. Vem à rua. Sobre o teu fel, espero corra, enfim, da tua vida, o mel.