Sol minhoto de Natal
É, não havendo surpresas, uma das dádivas natalícias.
(De resto, essa noite já tão antiga foi estrelada e não consta chovesse na manhã seguinte... Por isso é justo, ainda agora, um pouco de jardim, um lote de cores alegres e umas horas de calor solar a impedir o passeio curto, apressado, distraído).
Como se se tratasse de braços abertos, um sinal de boas-vindas.
(Vêm chegando mais da Família, o perú leva os retoques finais... Antes do almoço é o que se impõe: a voltinha encasacada pelo sol. Estamos no Minho onde, felizmente, há rabanadas).
A lareira surgirá a seu tempo. Depois das camélias e das toutinegras entre a sua ramagem. A miudagem circula por ali, de bicicleta. Todos os recantos são de ouro e sossego. Urge prosseguir, até se apanhar a própria sombra. Sensivelmente quando o perú der sinal de apuro e também o sol começar as suas despedidas, já descaindo sobre o bosque.