À F...
Há na minha vida um vulto fora do alcance. Depois de o ter comigo a dizê-lo desperdício, talvez. Um dia... Vejam-no já longe, quase uma ameaça de nuvem. Vejam-no como ainda não perdi a esperança de o trazer de volta. Vejam-no. E sigam-me, coração e pulmões, dêem o que ainda vos sobra. Tragam-me os beijos, os gestos, os serões, as noites sem fim, as manhãs sustidas no tempo. Tragam-me todas as palavras que eu não soube dizer mais a vergasta que há de calar os ditos da minha injustiça. Tragam-me ela. Ou morram para aí, imprestáveis e insepultos. Porque sem ela, sem a obra finalmente conseguida e reconhecida - não quero que voltem. Agora - vão!!!