Saltar para: Post [1], Pesquisa e Arquivos [2]

MACHADO, JA

A minha escrita, a minha fotografia, o meu mundo

MACHADO, JA

A minha escrita, a minha fotografia, o meu mundo

O verdadeiro Galo português

João-Afonso Machado, 22.09.10

Não pode haver réplicas. Eis-nos perante o Galo de Barcelos, em toda a sua dimensão. Nada que tenha a ver com esses saca-rolhas comprados no All-garve ou nas lojas de souvenirs do Rossio e do aeroporto da Portela. Um episódio antigo e milagreiro, ai do juiz que condenou o inocente à forca!...

E um galo a sério, como outro não há lá na capoeira. Por isso a seu poleiro, nas imediações dos Paços do Concelho, mesmo atrás da Colegiada de Santa Maria, junto às ruinas do Paço ducal e não longe do Solar dos Pinheiros. Onde Barcelos marca a sua antiguidade e a sua história.

Todos os portugueses lhe devem uma romagem. Exactamente porque nada melhor nos identifica no Mundo. Mesmo se o pintam agora em cores diversas, e, sobretudo, quando o moldam - como vai acontecendo - posto numa galinha, em pleno clímax, a bicar a crista da coitada. (Nada sabemos dela, não é de Barcelos, enfim, uma galdéria qualquer...).

Que me contrarie o Bispo-missionário D. António Barroso, do alto da sua estátua, nas imediações, caso eu exagere!

O Galo enche a feira semanal. Não se cala aquando dos andores das festas das Cruzes. Percorre o planeta. Execra o verde-rubro e respeita o garrido das vestes minhotas. Viva o Galo!!!

Pouco mais possuimos, nós, portugueses, além da certeza de que o FMI não nos leva estre ilustre barcelense. Assim como foi ele a transportar, em 1966, a lusa selecção futebolística até Inglaterra, de viseira nos olhos e lança em riste. No tempo dos Magriços. Houve - antes ou depois - melhor resultado alcançado?

(Reconhecendo os méritos eméritos do Galo de Barcelos, a República concede se realize nesta cidade - a capital portuguesa, afinal - entre 23 e 26 deste mês, a 3ª edição do Festival Internacional de Filmes de Turismo Art&Tur. O Minho sempre está a dar...).