Ruínas ou um "obrigado!"
O Minho corre de fantasmagorias. Vêmo-los ou ouvimo-los, aos fantasmas, descendo as escadas, o cavalo em baixo, à espera, e o lacaio no seu libré, a segurar-lhe o estribo ainda afeito a nem uma palavra de agradecimento. Aliás, o silêncio predomina, somente alguém, costas curvadas, escanzeladas, se encarrega de aparar os buxos.
É muito isto, o Minho, é a história das antigas torres medievais e dos - assim chamados - solares expandidos em torno delas. De gente que se trata - e bem - como parentes. Que mais dizer? Varandas de chão empedrado, economias à espera de milagres, dias ansiando por melhores dias...
E o mais importante: o Minho continua a sê-lo. A História à espera do Futuro para prosseguir. Tudo sempre na fé de uma reconstrução capaz. Mas capaz em tudo, nas obras que os Avós merecem e no "obrigado" aos servidores também.
Muita gente não percebeu, mas foi assim - a tentar explicar isto - que El-Rei D. Carlos perdeu o seu tempo, o seu reinado e a sua própria vida.